AFP – Uma comissão de segurança estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após numerosos tiroteios em colégios recomendou nesta terça-feira (19) que as instituições de ensino considerem armar seu pessoal e utilizar policiais e militares da reserva como guardas.
O painel da Comissão Federal de Segurança Escolar, liderado pela secretária de Educação, Betsy DeVos, foi criado após o massacre em Parkland, Flórida, em fevereiro. Um ex-estudante matou 17 pessoas a tiros, provocando uma onda de protestos nos Estados Unidos exigindo um maior controle sobre a venda de armas.
A Comissão rejeitou os pedidos para o aumento da idade mínima exigida para a compra de armas. O argumento apresentado em relatório dizia que a maioria dos atiradores em massacres em escolas obtiveram suas armas de familiares ou amigos.
Mas o grupo sugere armar o pessoal escolar, inclusive professores em certas circunstâncias, “para enfrentar a violência de maneira efetiva e imediata”.
Os distritos escolares onde a resposta da polícia pode ser mais lenta, como nas zonas rurais, poderão se beneficiar particularmente desta medida.
O painel também recomenda que as autoridades das instituições de ensino contratem militares e policiais veteranos que “também possam servir como educadores altamente efetivos”.
O relatório promove ainda uma revisão das pautas disciplinares introduzidas em 2014 durante a administração do democrata Barack Obama para enfrentar a discriminação contra estudantes negros e latinos.
A União Americana para as Liberdades Civis condenou tal revisão afirmando que “a administração Trump está explorando tragédias para justificar a reversão da proteção dos direitos civis das crianças nos colégios, apesar da falta de evidência que vincule a reforma da disciplina escolar aos tiroteios nos colégios”.